Mano Docca fala sobre seu
EP e a discriminação que o Rap sofre.
Mano Docca fala sobre o Rap e a descriminação sofrida por parte de alguns "cristãos". |
Por Clebson Nascimento
A música gospel no Brasil
tem crescido significativamente nos últimos anos, e com esse crescimento está
surgindo vários cantores. O Rap é um estilo de música que sofre descriminação
por alguns “cristãos” conservadores. Apesar do espaço para os artistas
expressarem sua fé e disseminarem as palavras de suas crenças, muito ainda se crítica
sobre o mercado da música.
Mano Docca concedeu uma
entrevista para o Notícias Gospel (Revista Esperança), nesta quarta (14) comentando
um pouco do seu trabalho, sua trajetória, seu início, seu CD (EP) e sobre como
enfrentar o preconceito usando a fé em Deus. “Eu vivia uma vida totalmente
distante de Deus E quando Jesus me trouxe de volta para os seus braços Ele me
deu um louvor onde o refrão diz: Distante do inimigo mais perto de Deus assim
sou eu, assim vou eu”, disse Mano Docca.
O cantor diz que seu
primeiro CD não é para ser mais um, disse que seu objetivo é mostrar para o
mundo que Jesus mudou sua vida da água para o vinho. “Minha intenção é mostrar
para o mundo o que Jesus fez na minha vida, ele trouxe a mudança na minha vida da
água para vinho. Um cara desacreditado por muitos, não tinha credibilidade,
vivia uma vida desregrada, eu era viciado em álcool e já estava experimentando
alguns tipos de drogas, vivia brigando e arrumando confusão. Eu estava no fundo
do poço sem esperança e Jesus mudou a minha história, se ele fez comigo pode
fazer com qualquer um, basta apenas entregar suas vidas nas mãos dele e deixar
ele agir”, completou Mano Docca.
Mano Docca continua falando
sobre sua trajetória, o crescimento do Rap e a descriminação que o estilo
sofre. Segundo o cantor, não só o Rap, mas também quem canta sofre muito
preconceito. “Infelizmente o preconceito é grande, já passei por muitas
situações que me fez chorar, mas eu sei que nem todos estão preparados para
ouvir o estilo de música que canto. O Rap é considerado por algumas pessoas,
até mesmo do meio cristão, música de ladrão. Já fui humilhado, mas continuo
firme porque o que realmente importa para mim é fazer o que Deus mandou. Antes
eu vivia para satisfazer a vontade do mundo, hoje em dia me dedico a levar o
evangelho para as pessoas que vivi na mesma situação que eu vivia”, relatou.
Mano Docca explica que
cantar em grandes eventos não o diminui e nem aumenta um verdadeiro representante
da música. Disse que o ponto de partida par uma mudança real é a aceitação, o
reconhecimento, a renúncia e ser verdadeiro.
Por fim, Mano Docca
ressalta a importância do seu trabalho no papel de exercer a fé sem precisar
cobrar para levar o evangelho aos necessitados.
“Já cantei na marcha para
Jesus de Itapevi, marcha de Alumínio e Mairinque. Aviva Itapevi, participei na
última marcha para Jesus de São Paulo, louvei no trio elétrico. Cheguei a pouco
de Goiás, fiquei o mês todo de agosto em Minas Gerais, no momento estou
esperando outros convites. Eu não cobro e nunca cobrei, no meu ponto de vista
acho muito errado você cobrar por algo que Jesus te deu de graça, no máximo uma
ajuda de custo porque precisamos”, conclui Mano Docca.