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O presidente do Haiti, Jovenel Moïse, foi morto a tiros em um ataque à residência oficial do governo na capital Porto Príncipe, na madrugada desta quarta-feira (7).
A informação foi dada hoje pelo primeiro-ministro do país, Claude Joseph.
A primeira-dama, Martine Moïse, levou um tiro, foi internada em um hospital da capital, mas não resistiu aos ferimentos.
“Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República, por volta de uma da manhã e feriu mortalmente o Chefe de Estado”, informou o premiê à imprensa.
O assassinato ocorre dois meses antes das eleições presidenciais e legislativas convocadas para setembro. Nesses pleitos, Moïse não poderia se candidatar.
O presidente havia convocado para a mesma data um referendo para aprovar uma nova Constituição, projeto que não teve apoio da oposição nem da comunidade internacional.
O Haiti vem passando por uma forte crise política desde meados de 2018 e viveu seu momento mais grave em 7 de fevereiro, quando Moïse denunciou que a oposição, com o apoio dos juízes, estava tramando um golpe de Estado.
O analista político Carlos Dias comentou no Boletim da Manhã desta quarta-feira (7) sobre a instabilidade que há anos assola o Haiti.
“A crise no Haiti se arrasta há muito tempo, e como podemos observar que é uma crise de ordem econômica, não se falou absolutamente nada com relação à Covid-19, pelo menos não vejo nas notícias a instabilidade sendo gerada pelo combate ao vírus. É uma instabilidade política gravíssima, diversos grupos tendem a disputar o poder de uma maneira violenta, é um país dilacerado, destruído economicamente e que não tem uma unidade nacional”, ressaltou.
Fonte: Terça Livre