A aurora gerou um brilho de coloração azul, mas surpreendeu os cientistas por ter acontecido em baixas latitudes |
As auroras são fenômenos ópticos que ocorrem quando partículas do vento solar colidem com os gases da atmosfera terrestre, produzindo luz. No entanto, um caso um pouco diferente chamou a atenção dos cientistas.
Registrado neste ano, o fenômeno gerou um brilho azul. Isso não é exatamente inédito, mas surpreendeu por ter acontecido em baixas latitudes.
Pesquisadores analisaram imagens da aurora
- Usando imagens captadas por cientistas no Japão, os físicos Sota Nanjo, do Instituto Sueco de Física Espacial, e Kazuo Shiokawa, da Universidade de Nagoya, descobriram a explicação mais provável para a misteriosa luz azul.
- O trabalho sugere que os íons moleculares de nitrogênio podem ter acelerado para cima por algum mecanismo e foram responsáveis pela formação da aurora dominante azul.
- Até o momento, no entanto, não é bem compreendido como os íons moleculares de nitrogênio com grande peso molecular podem existir em altitudes tão elevadas.
- Eles costumam não durar muito tempo devido à sua massa pesada e são observados em grandes altitudes, diferentemente do que aconteceu neste ano.
Auroras podem apresentar diversas cores (Imagem: Dimitri Tymchenko/Shutterstock)
Não é possível determinar o que gerou a coloração diferenciada
Normalmente, auroras de baixa latitude têm uma coloração vermelha. Mas, em 11 de maio de 2024, um brilho rosa iluminou o céu e logo depois a cor azul apareceu. O fenômeno misterioso foi registrado por pessoas ao redor do mundo através dos smartphones.
Com a riqueza de imagens e vídeos coletados, os pesquisadores foram capazes de medir o fenômeno em detalhes. Eles descobriram que a aurora estava disposta em estruturas longitudinais que corriam ao longo das linhas do campo magnético, por cerca de 1.200 quilômetros.
Aurora misteriosa captada do espaço (Imagem: NASA) |
O problema é que os fenômenos conhecidos pela ciência não se aplicam ou explicam o que foi verificado. Por isso, os cientistas acreditam que algum processo ainda não identificado na atmosfera da Terra tenha causado a coloração diferenciada.
Neste momento, a equipe afirmou que não é possível determinar que processo é este. No entanto, eles acreditam que, à medida que a atividade solar aumente nos próximos anos, casos como este devem se repetir, o que fornecerá uma base de dados maior para analisar melhor o fenômeno. As informações foram publicadas em estudo divulgado na revista Earth, Planets and Space.
Fonte: Olhar Digital