Representação artística de um magnetar em outra galáxia. Crédito: NASA images - Shutterstock Uma explosão breve e ultrabrilhante mostrou aos astrônomos primeira estrela magnética fora da Via Láctea |
Uma impressionante explosão levou os astrônomos à descoberta da primeira estrela magnética fora da Via Láctea – e sugere a possibilidade de existência de muitas outras na imensidão do Universo. Esse magnetar recém-identificado, um remanescente compacto de uma estrela morta, é dotado de um campo magnético excepcionalmente poderoso. Ele reside na galáxia Messier 82 (M82), também conhecida como “Galáxia do Charuto”, situada a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra..
A detecção desse corpo ultramagnético ocorreu quando ele entrou em erupção violenta, emitindo uma energia intensa que persistiu por uma fração de segundo, conforme detalhado em um novo estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (24).
Magnetares: ímãs mais potentes do cosmos
Referidos por alguns como os ímãs mais potentes do cosmos, os magnetares são variantes giratórias e altamente magnetizadas das estrelas de nêutrons – vestígios de supernovas – que brilham milhares de vezes mais intensamente que o Sol.
Visão captada pelo Telesc[ópio Espacial Hubble da “Galáxia dos Charutos” (M82). Crédito: NASA, ESA e Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
No entanto, suas erupções são tão breves e imprevisíveis que representam alvos desafiadores para os astrofísicos estudarem. Apenas três outras explosões magnetares foram documentadas nos últimos 50 anos (todos na Via Láctea), por isso os cientistas afirmam que essa descoberta abre novas perspectivas na busca por essas estrelas magnéticas em outras galáxias.
“A identificação de um maior número desses corpos celestes poderá fornecer insights sobre a frequência dessas explosões e o processo de dissipação de energia dessas estrelas”, comentou Ashley Chrimes, pesquisadora da Agência Espacial Europeia (ESA), que não participou diretamente do estudo, em comunicado à imprensa.
Fonte: Olhar Digital